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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Lisboa do Passeio Público às Avenidas Novas (séc. XIX)


















Passeio Público de Lisboa
Litografia colorida
George Vivian. Séc. XIX
Museu da Cidade: exposição permanente
A presente litografia representa uma vista do jardim após as remodelações de 1834, executadas segundo projecto do arquitecto Malaquias Ferreira Leal. É perceptível o gradeamento de ferro que circundava o recinto, inspirado nas Tulherias (Paris), colocado em substituição dos muros originais do séc. XVIII



Período conturbado da nossa História, o início do séc. XIX foi marcado pela introdução do Liberalismo, defensor dos modelos culturais da Revolução Francesa e que contribuiu para uma
profunda alteração na forma de pensar a cidade.


Na 1ª metade do século, dado o fraco crescimento demográfico, não há significativa alteração da malha urbana, continuando a cidade a caber nos espaços herdados do período pós-Terramoto.


Assiste-se à introdução de estatuária como arte pública, de gosto romântico e naturalista (Rossio e Largo de Camões) e à construção de jardins fora do centro da cidade. O próprio Passeio Público, criação pombalina de 1760, vai sofrer alterações, adoptando-se soluções decorativas para servir o gosto de uma burguesia em ascensão.


Em meados do século, com o fomento da indústria e do comércio, verifica-se um crescimento urbanístico para norte, a partir de dois eixos fundamentais: um definido pela Av. da Liberdade até ao Campo Grande, com a destruição do Passeio Público; outro pela Av. Rainha D. Amélia (actual Almirante Reis).


A construção da Avenida da Liberdade, inaugurada em 1886, é o projecto urbanístico que melhor representa o momento de ruptura entre uma Lisboa romântica – que evoluiu seguindo uma linha de continuidade pela adaptação dos espaços herdados da época pombalina – e uma Lisboa progressista que ansiava e promovia uma modernização urbanística, que culminará com o início da construção das Avenidas Novas.


Essa ruptura é definida pelo carácter simbólico com que se revestiu a destruição do Passeio Público, projecto pombalino que demarcava fisicamente um dos limites da cidade, impedindo deste modo o seu crescimento para norte.


Nas zonas ligadas à indústria e ao comércio, junto à zona ribeirinha e periferia, surgem vilas e pátios operários.
Simultaneamente, aparece um novo tipo de mobiliário urbano (elevadores, quiosques, e outros), obedecendo a uma tipologia decorativa que passa pela utilização da Arquitectura do Ferro, reflexo do gosto da época e que veio alterar profundamente a fisionomia da cidade.

João Pernão

1 comentário:

PMonteiro disse...

Estufa Fria





Situada no Parque Eduardo VII, a Estufa Fria volta a abrir as suas portas, convidando todos os que passam e visitam Lisboa a descobrir um autêntico Éden no centro da cidade.

Recentemente reabilitada, a Estufa Fria é um dos mais importantes espaços verdes de Lisboa. Alberga espécies de diversos países e regiões - como a China, Austrália, México, Peru, Brasil, África do Sul e Antilhas -, muitas delas raras e ainda em fase de identificação.

Construída em 1930, a Estufra Fria ocupa mais de um hectare de extensão, funcionando como um verdadeiro museu vivo, onde é possível conhecer espécies de flora de todo o mundo, percorrendo sugestivos trilhos



este site tem imensas fotografias da estufa!

http://www.guiadacidade.pt/pt/poi-estufa-fria-16394